segunda-feira, 2 de abril de 2012

POR QUE VIVEMOS?

PRIMEIRAMENTE QUAL O CONCEITO DA VIDA?
(Palestra em Janeiro / 2012 - NEDE - PB

Esta analogia possui aspectos variados e tem alcançado diferentes conclusões sob o ponto de vista filosófico e o ponto de vista cientifico.

Em todo as analises teremos sempre os conceitos que a biologia e a genética venham estabelecer de forma conclusiva suas teses.

Em ambos os casos somos conduzidos ao criacionismo – onde filósofos e religiosos admitem que a vida tenha sido criada por Deus e a geração espontânea.

A DOUTRINA ESPÍRITA nos mosta que estes conceitos genéricos de vida devem ser analisados sob os ângulos da vida orgânica e da vida espiritual.

MAS COMO ENTENDEMOS ESSE ESTUDO QUANTO AO CONCEITO DE VIDA ATE O MOMENTO?

Vamos analisar sobre três aspectos que foram instruídos ao longo dos anos.

VISÃO PRAGMÁTICA DA IGREJA

• Ela admite a geração espontânea dos seres vivos a partir da matéria não viva associada à força espiritual, ou seja, analisemos a Gênese da Criação segundo a Bíblia:

• Deus criou todo o universo do nada, mas isso não se opõe a evolução, pois apenas ensina que todas as coisas foram de certa analise, criadas por Deus, sem que houvesse algo preexistente.

• Dai concluímos que:

• Deus é a causa primaria de todos os seres vivos, qualquer que tenha sido o desenvolvimento evolutivo.

• A alma de cada homem, mesmo o primeiro homem e a primeira mulher, é criada por um ato especial de Deus.

• Todo o gênero humano descende de um único casal – Adão e Eva.

• Assim este conceito estabelece que a alma não evolui, permanece como criada por Deus.

COMO A CIENCIA DEFINE VIDA

A ciência admite a geração espontânea dos seres vivos a partir da matéria não viva como um processo natural.

Segundo Ledyard Stebbins, no livro Processos da Evolução Orgânica, publicado pela USP, a biologia moderna aceita a evolução como um fato, seguindo cinco princípios básicos:

1 – MUTAÇÃO – o elemento sob ação de agentes externos sofre alterações importantes

2 – RECOMBINAÇÃO GENETICA – que são fontes de variabilidade, onde os elementos afins se combinam e recombinam gerando novas formas, variantes da primeira.

3 – ORGANIZAÇÕES CROMOSSOMICAS – e suas variações, que afeta a ligação genética

4 – A SELEÇÃO NATURAL – seres mais fortes e mais resistentes dá origem a outros geneticamente capazes e resistentes.

5 – ISOLAMENTO REPRODUTIVO -

VISÃO DO ESPIRITISMO

Admite a geração espontânea da matéria viva a partir da ignorância, quando absorve o principio vital.

Essa matéria orgânica seria o germe ao qual o principio inteligente vai se associar para dar origem aos seres vivos na face da terra.

No Livro dos Espíritos pergunta 63 – a resposta ao questionamento de Kardec quanto à vida orgânica e fluido vital temos:

A vida é um efeito produzido pela ação de um agente sobre a matéria.

(comentar)

Quero ressaltar que o L.E. Foi publicado em 1857, e Charlis Darwin em 1859, publicou A Origem das Espécies.

MAS PORQUE VIVEMOS?

Tudo isso nos parece confuso, tridimensionalmente conclusivo.

Mas ate o momento analisamos os conceitos do fenômeno da vida, sob alguns aspectos.

PARA O MATERIALISTA NAO PASSARIA DE UM ASPECTO CAUSAL.

Onde para ele existem dois pontos singulares e opostos:

O NASCIMENTO E A MORTE


Apos a morte, vem à decomposição orgânica, com retorno ao deposito universal da matéria inanimada.

Todos os atributos da personalidade, a consciência, os sentimentos, os conhecimentos, a noção do EU, as alegrias e as tristezas, o amor etc., são meros produtos da organização altamente complexa da matéria viva.

Tudo desaparecera apos a morte.

Restara do individuo apenas a matéria que o compôs, e a sua lembrança gravada na memória dos parentes, amigos e conhecidos. Alem disso poderá perpetuar geneticamente em seus descendentes ou subjetivamente através da historia e nada mais.



PARA O ESPIRITUALISTA RESTARIA AQUILO QUE ANIMOU O CORPO, ENQUANTO VIVO.

A alma ou espírito. Portador dos atributos psíquicos. À vontade, a consciência, os sentimentos, as emoções as percepções etc.

Em contraparte o soma também as responsabilidades dos atos bons e maus praticados na vida, o qual devera responder por eles.

Dai ter-se imaginado o Céu, o inferno e um intermediário entre ambos – o purgatório.

A recompensa ou castigo teriam duração eterna.

Assim, a vida estaria resumida no gozo ou no sofrimento eterno. Conforme julgamento final.

Tal conceito e questionável quando trazemos para analise os atributos de Deus. Passam a ser controversos com a infinita justiça e bondade Divina.

JA PARA OS REENCARNACIONISTAS O MODELO É SIMPLES E INTELIGIVEL.

Indivíduo apos sua morte, perde apenas o corpo carnal, conservando um corpo espiritual, sede dos atributos psíquicos, das responsabilidades de seus atos praticados em vida.

Apos o abandono do corpo, o espírito passa a habitar outro tipo de espaço, onde permanece por certo período, denominado de INTERMISSÃO. Que findo esse prazo retorna ao processo de renascimento no plano físico, iniciando nova existência – e a reencarnação.

Nessa nova fase ele ira trazer suas impressões anteriores, suas tendências e travar uma luta de desafios, conquistas e renovação.

A lei do progresso, adquirida devido à conquista de crescentes experiências ao longo de sucessivas reencarnações.


É assim que o advento da Doutrina Espírita, bem esclarecida no capitulo I de A Gênese de Alan Kardec, deixa claro os propósitos desta doutrina, ou doutrina dos espíritos, que vem ao seu tempo trazer uma nova ordem, mas sem derrogar as leis divinas, mas sim revelá-las.

Ela vem esclarecer de forma objetiva os aspectos que envolvem a relação entre a vida material, a vida espiritual e o progresso e os destinos da humanidade.

Através de seus ensinamentos podemos ver que não somos obra do acaso.

Que nosso propósito e mais do que viver uma vida apenas por um prazo, por um momento.

Que as leis que regem o Universo são as mesmas leis que estamos sujeitas a elas.

Onde Deus nos permite a cada instante, pelo nosso livre-arbítrio, reparar, recomeçar e renovar.

Que a morte não é o fim. O nascer e morrer são pontos opostos de um mesmo caminho de um mesmo momento e um mesmo fenômeno – que poderíamos chamar de vida.

E DAI CHEGAMOS A OUTRO QUESTIONAMENTO - PARA QUE VIVEMOS?

Vivemos para atingir um dia, os altos níveis da Espiritualidade

que foi a meta escolhida por nos próprios.

Quando ainda partículas da consciência cósmica, demos o primeiro passo

no extenso caminho da vida.

E um destino ao qual ninguém escapara.




“NASCER, MORRER, RENASCER AINDA, PROGREDIR SEM CESSAR TAL É A LEI”


LIVRO DOS ESPIRITOS – 1857



FONTES DE PESQUISA SOBRE O TEMA:

• EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO CAP. IV – NINGUEM PODE VER O REINO DOS CEUS SE NAO NASCER DE NOVO.


• MORTE, RENASCIMENTO E EVOLUÇÃO - HERNANI GUIMARÃES ANDRADE

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